Escolho falar de meus problemas para não sufocar
Escolho escrever os meus medos para não chorar
Escolho caminhar sozinho para não me iludir mais
Outro cigarro me acompanha
pelas ruas sempre iguais
O frio corta o meu rosto como navalhas
Outro cigarro me acompanha
pelos dias insuportáveis de viver
E o frio parece que sempre esteve aqui
Já não sei se tenho pessoas para me ouvir
ou ainda alguém que queria me entender
A vida está em velocidade máxima
e parece não ter freios para desacelerar
Sinto que perdemos todo o tempo que tínhamos,
os sonhos que não realizamos por medos...
Muitas palavras já não existem mais
para que possamos dizê-las...
Outro cigarro me acompanha
pelas noites solitárias
A mente já não faz questão de pensar
Outro cigarro me acompanha
olhando outros rostos sem expressões
Sem pensar... sem querer... sem buscar...
Eu escolho mostrar os meus desejos para
não ser apenas outra cinza pelo chão de pedras...
domingo, 28 de junho de 2015
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