segunda-feira, 21 de julho de 2014

Julho


Fora
Existe
Algo
Melhor
Para
Mim
E
Para você!


Longe
Deste
Lugar
Existe
Algo
Melhor
Para
Nós três!


Depois
Do
Horizonte
Estão
Guardados
Todos os
Nossos
Sorrisos!

domingo, 20 de julho de 2014

Nebulosa do amanhã

Uma lágrima minha
enche todo o mar
O amor
que soou no escuro
eu não pude,
no fim, escutar...

Histórias de pesadelos
acontecendo
Esse vendo forte
que sopra sem
descanso
nos separando...

A vida que outrora
tinha,
já não posso sentir
As alegrias
que estão em sonhos,
nebularam-se...


sábado, 19 de julho de 2014

Velocistas diários

Corações apressados
Saltadores de edifícios
em pulos estelares
Corredores sem descanso
da margem oposta

Não há tempo para olhar
Pés mais rápidos que o sol
Todos correm
na mesma direção
Tudo isso para quê?

Nos equilibramos na corda
sobre as agulhas dos olhos
daqueles lá embaixo
Sem deslize
Sem apuros

Não há tempo para olhar
Mas preciso
freiar meus impulsos
Quero parar para respirar
Quero ouvir a noite
me dizendo:

Abrace a lua
Abrace a lua
Abrace a lua

terça-feira, 15 de julho de 2014

Sobre os besouros de outro lugar

Aperte-me forte, segure-me em seus braços
pois todo meu sentimento é para você
Por eu querer segurar sua mão
foi tolo e deixei você escapar...
Mas sempre que eu vejo seu rosto
o que sinto perco os limites
e não preciso da ajuda de amigos
para saber que é você que quero próximo a mim
Deixe ser, deixe que sejamos...
Venha comigo
e será na estrada que faremos as pazes
Venha comigo
por campos de morangos
ou céus de diamantes...
Se a felicidade é uma pistola
quero a revolução atravessando
meu universo de malabaristas e outros animais
E se eu me apaixonar por favor
me ajude...

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Caminhos Antigos

Começa baixinha
apenas um sussurro
como as brumas que com
o vento ganham altura
o som dos tambores aumentam
e preenchem toda a floresta

Quando percebemos
já é tarde e estamos no círculo
dançando livres de temores
repletos de encantos
com os sons dos antigos
nos braços das árvores

Os caminhos antigos
que percorremos nesta noite
pela música e pela dança
nos levam ao transcendente
para além dos corpos e mentes
somos todos UM no círculo

A noite ganha as horas
o tempo é outro elemento
os guardiões nos protegem aqui
enquanto celebramos a vida
cuida-te apenas de você
e sua harmonia com os outros

sábado, 12 de julho de 2014

Sábado à noite das ilusões

Ir fundo
para baixo
reerguer-se
e pular novamente

Solidão repleto de sombras
O gosto agridoce de uma noite de sábado
Silêncio e memórias em uma taça
e outra de vinho

Ir fundo
nos erros do passado
(e de ontem...)
Manter-se com a cabeça erguida
e o mais difícil de acontecer

Para baixo
nesta noite sem fim
em queda livre
no poço das lamentações

Reerguer-se pela parede
para visualizar o medo
(mais de perto)
temer cada respiração

Pulo novamente
para nunca mais voltar
à superfície da vida
(não há bons momentos)

Ir fundo
para baixo
reerguer-se
e pular novamente
...

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Pela janela: realidades

Você pode observar pela janela
a vida que acontece lá fora
longe dessas paredes que te sustentam

Você pode observar pela janela
todos os outros e suas felicidades
enquanto se destrói com outro cigarro

Você pode observar pela janela
toda a realidade acontecendo
seja dia ou pelas madrugadas
todos celebram a presença real
enquanto você vive suas fantasias
seus sonhos se ultrapassam

Você pode observar pela janela
enquanto enlouquece
e envelhece dentro dessa casa

Se você sente tanto medo de sair
pode me dizer, conte me seus demônios
não deixe que se passem outros anos
as ruas se transformam a cada dia
e as chuvas continuam a cair
você é o único amigo que falta

Você pode observar da janela
mas tudo não passará de paisagem...


quinta-feira, 10 de julho de 2014

Ode ao Ódio

- Odeie-me por ser um espectro daquilo que deseja
Pois eu odiarei a cada segundo a mim mesmo
por ser incapaz de ser além do que sou -

Odiarei a cada um que me tirar os sonhos
(de cada nuvem uma sombra no gramado)
Odiarei a cada um que me tapar o sol
(de cada entardecer um abraço e um sorriso)

(Odeie-me por ser um espectro daquilo que deseja)

Odiarei a cada dia que não houver aventuras
(a cada lenta descida pela colina)
Odiarei a cada noite que não houver estrelas
(desilusões se misturam com esperanças)

- Odeie-me por ser um espectro daquilo que deseja
Pois eu me odiarei mais por ver tudo de longe
e não enxergar com os olhos abertos o bastante

Odiarei a cada um que me pedir silêncio
(mãos frias de ansiedade ao anoitecer)

(Odeie-me por ser um espectro daquilo que deseja)

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Celebração aos Antigos

Quando os primeiros raios de sol
tocarem as copas mais altas
das antigas árvores do bosque sagrado
As cores se farão da luz
e os portais se abrirão para nós
Um novo tempo de magia e canções

Os pequeninos se preparam
frutas e flores colhidos d'aurora do dia
para celebrarmos com fartura
A Senhora abençoou a todos
e os aromas já se espalham no ar
Um novo tempo de paz e fartura

Os músicos se aquecem e se afinam
a fogueira pronta para ser acessa
ao cair da noite sob o quarto crescente
Os elementos se equilibram
para a harmonia nos presentear
Um novo tempo de sorte e paixões

Contemplemos guardiões da floresta
com águas sagradas e a chama antiga
com pedras poderosas e o incenso queimando
Contemplemos as forças que nos cercam
e os novos dias para lutarmos e agradecermos


segunda-feira, 7 de julho de 2014

O Dançarino

Sou apenas um dançarino
nesta eterna vertigem de ser
enquanto a música não para

Digam que sou ilógico
digam que estou entorpecido
eu direi que sou apenas
mais um dançarino
na rua
no escuro
na vida

Sou apenas um dançarino
carregando meus medos
escondidos no bolso

Digam que não planejei
digam que sofro
de um surto psicótico
eu direi que sou
apenas um sonhador...

Digam que sou débil
digam que estou apaixonado
eu direi (sorrindo)
- sou apenas um dançarino
nesta hora
nesta casa
nesta rua

Sou apenas um dançarino...


domingo, 6 de julho de 2014

Desaparecer daqui

Meus textos que ninguém lê
Lágrimas que ninguém sente
escorrer pelo rosto machucado
O tempo que não passa, e
As dores que se esquecem fácil

Já não sei em que dia estamos
O tempo não importa por aqui
Tantas noites se passaram
enquanto ninguém me observava
Sentir algo hoje é ilusão

Nas madrugadas embriagadas
sei que posso desaparecer...
Ouvindo todos ao longe
sei que posso desaparecer...
Enquanto todos dançam
sei que posso desaparecer...

As palavras que nunca disse
Os passeios e risos que não são
Tudo o que me foi negado
durante toda essa agonia de vida
As dores que nunca esqueci

No meu quarto escuro
sei que posso desaparecer...
No meu outro mundo
sei que posso ressurgir....

sábado, 5 de julho de 2014

Le Naturel

Olhe além da muralha de pedras
alcance o infinito do horizonte
eleve-se nas asas das sílfides
e descubra Le Magnifique Nature

Corra com o vento
pelos bosques dos pequeninos
Corra pelos prados 
com os cervos selvagens
Corra até a totem
e sinta a pulsação da terra

Olhe além das nuvens etéreas
alcance o seu infinito interior
mergulhe para o profundo mistério
do seu verdadeiro lugar 

Corra com o vento
pelas árvores centenárias
Corra livre de preocupações
liberte sua mente
Corra sem saber
onde pretende chegar

Corra por esta terra
como estrela cadente
que corta cúpula da noite

Corra como se pudesse voar
tal qual um encanto que
escapa de seus dedos  

Corra e veja que os elementais
te observam contentes
por tua força e tua alegria...

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Parole, parole, parole...

Palavras vazias
com desculpas e agrados
Palavras vazias
repetidas no vento frio
Palavras vazias
que você decorou em instantes

Palavras tolas
com cheiro de álcool
Palavras tolas
sem chão ou teto
Palavras totas
perdidas para sempre

Você consegue sentir essas palavras
essas palavras que você esqueceu?
Você consegue sentir essas palavras
as mesmas que ouço repetidamente?

Palavras vazias
- Deixe-me sozinho
Palavras vazias
- Por favor desapareça
Palavras vazias
- Chega de mentiras

Palavras tolas
ninguém pode me ajudar (agora)
estou cansado de vocês
Palavras tolas que você não pdoe sentir
É uma corrida inútil
dentro desse coração...
Palavras vazias
de sentimentos ao meu redor...

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Visionários que sangram

As palavras forçam e ás vezes ferem
como adagas afiadas na pele do peito
machucam aqueles que se escondem
e tentam se refugiar das verdades
as dores são presentes mas não há
como escapar dos acontecimentos
Hora ou outra todos serão marcados
com fogo ou com as próprias palavras
seremos todos visionários sangrando
nossos sonhos e nossas esperanças
Seremos marcados e continuaremos
não importa a intensidade das dores
Estaremos ao lado da verdade e em
tempo algum correremos mais perigo
As luzes do dia não mais serão
rechaçadas como o fim de uma vida
seremos plenos em nossas alegrias
e nas noites poderemos dormir em paz
Nenhuma estrela causará mais prontos
Nenhuma estrela negra nos guiará

As palavras que nos feriam
serão nossas armas no restante da jornada...

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Conflitos domésticos

Você consegue sentir o silêncio que percorre friamente o chão da sala de estar e as pessoas da sala de jantar correndo em círculos em volta do próprio bolso esquerdo meu querido você consegue ouvir e consegue tocar no ombro da próxima pessoa a ter um colapso nervoso por todo esse silêncio que cerca nossa rua e nossa vizinhança você consegue encher os pulmões de ar antes de mergulhar nessa poça de ganância você consegue sentir os outros você consegue sentir os perigos que ninguém mais consegue e se você correr bem rápido você vai alcançar o outro lado do mundo e a esperança de um outro jogo começar você consegue ver o que acontece aqui consegue imaginar para onde todos iremos caso esse guerra chegue até os quartos você consegue sentir o silêncio neste seu lugar favorito você consegue ver a noite se aproximar e as palavras ainda me escapam pelas mãos...

terça-feira, 1 de julho de 2014

Encontros soturnos

Eu te encontrei de frente ao espelho
chorando e com sangue nas mãos
Assustei-me e meus olhos se alarmaram
Você não levantou a cabeça
e eu perguntei seu nome
Disse que essa era outra história
e não um conto de papel barato
Outro cigarro enquanto você
limpava seu rosto
As luzes piscavam prestes a falhar
e aquele ambiente parecia sujo demais
Seus olhos transmitiam medo
eles não me causavam medo e você
tampouco parecia amedrontado
Eram como negras passagens
para um outro mundo de caos e terror
Suas palavras não eram fáceis
como que uma peça de outro séculos
Não há gravidade para suas reações
como se tudo a sua volta
as paredes grafitadas
a porcelana de cor indefinida
os lambes uns sobre os outros
e as bordas do espelho com ferrugens
como se tudo isso
não lhe fosse suficiente
Os enigmas da noite ecoavam
diante de mim em seus cabelos
em sem ombro e seu piercing
A cada tentativa de comunicação
um soco de indiferença e lassitude...
A madrugada findava
enfim chegava o tempo de ir
Nunca mais cruzaríamos aqui ou
em qualquer outro lugar dessa vida...