sábado, 27 de novembro de 2010

labirinto

os sons ecoam suaves
nesta diversão sem limite
as paredes brilham
dos corredores infinitos
e nos perdemos nesta aventura
os delírios se multiplicam
em cada lugar uma descoberta
os sons ecoam suaves
e já não temos medo

há muito tempo sem voar

há muito tempo
eu não olhava por esse horizonte
não respirava esse aroma
e não sentia esse estranhos sonhos
há muito tempo
deixei de acreditar
por dias e dias eu vaguei
adormecido em um vagão de trem
sem destino
sem paradas por conhecer
há muito tempo eu não vinha aqui
e cheguei a me esquecer de vocês
há muito tempo
eu não abria os meus olhos
saudades da terra do nunca

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

nas mãos do tempo

nas mãos do tempo
eu deixo meus sentimentos
para o ar lancei meus votos de esperança
já não estou preso às correntes do sofrimento
quero poder caminhar
sem ter os pés
presos ao chão
sem ter olhos
presos num devaneio
quero poder ver o horizonte
e saber que posso
alcançar o céu

nas mãos do tempo
deixei meus sentimentos
e meu orgulho destruído

domingo, 24 de outubro de 2010

[...]

você me chamou
você me esperou nesta esquina suja
mas eu não pude ouvir
então você chorou
e se entregou às ruas...

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

pobre Johnny

seu nome é Johnny
e ele não sabe brincar de ser
lamenta sua atitude
e mais ainda seus olhos cegos
mas ninguém percebe
que sua tristeza é profunda
por não ter com quem sair
por não ter com quem sorrir
pobre Johnny
não conhece as regras
ou você está nelas
ou você não merece beber
seu nome é Johnny
e ele vaga pelas ruas desertas...

quarta-feira, 17 de março de 2010

Guerreiro noturno

os dias correm apressados pelas linhas da minha mão
e já não sei por onde caminhar
o vento sopra forte e me faz pensar
em coisas que não compreendo
o tempo é cinza agora
as portas e janelas se fecham
para a tempestade
adormeço
na tentativa tola de fugir dessa realidade
porém qnd meus olhos s fecham
o mundo real se abre para mim
e é quando as sombras e as chamas se enfrentam
os combates são assustadores e nada faz sentido
pois a cada despertar
tenho a impressão de tudo não passar de sonhos
ilusão
a verdadeira batalha não esta diante de meus olhos abertos
mas sim além dos meus olhos cerrados

quarta-feira, 3 de março de 2010

Desculpas à um certo alguém

desculpa-me por aparecer assim em sua vida
desculpa-me se te impressionei por algo
desculpa-me se te confundo
desculpa-me se te afasto
desculpa-me por ser um estranho do outro lado da rua
desculpa-me por não ouvir o seu chamado
desculpa-me se pareço interessante, mas não sou
desculpa-me se não compreendo suas palavras
sendo que as minhas também não se fazem claras
desculpa-me se um dia provoquei um sorriso em você
e depois disso apenas te fiz chatear
desculpa-me se não te encontrei antes
desculpa-me se te deixo partir
desculpa-me se não consigo pedir para que fique mais
desculpa-me por isso

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Deuses estelares orem por nós

Deuses estelares orem por nós
Humanos perdidos em nossas próprias sombras recriadas

Sinto o tempo me corroer e o vento bater à janela
Todas as lágrimas caem sem permissão
Mas o que podemos fazer frente ao caos que se instala
Sinto a ira e todos os pecados se erguerem no meio da praça
E a multidão se ferindo para alcançar a glória vil de nosso tempo
Ninguém se preocupa verdadeiramente com o outro
Somos todos serpentes que se devoram uns aos outros
Sinto que nada valha a pena, os olhos cheios de sangue
As mãos cheias de ódio e malefícios
Não existe salvação para aqueles que sujos de lama
A esperança morreu de braços dados com a humanidade
Somos crias famintas de uma besta de três cabeças
Cremos no agora, no imediatismo das coisas fúteis
A degeneração em cada esquina fede como lixo
Sórdidas filhas que entregam seus corpos
Pútrefos filhos quese entregam às químicas

Deuses estelares orem por nós
Estamos na ponta do precipício prontos para cair

Deuses estelares orem por nós
Não retornaremos para o lar prometido

Deuses estelares orem por nós
Estamos vivendo o final
Que se estenderá até que fechamos os olhos

domingo, 10 de janeiro de 2010

Ponto cósmico

É ouvindo os sons e ruídos noturnos
que percebo o quão pequenos somos
Sob as estrelas infinitas
fumando mais um cigarro
esta noite parece perder-se no tempo
Não sinto medo, não sinto solidão
apenas percebo o por que de nossa ignorância
Seres que fazem o que pensam saber
nem por um momento apenas
conseguem compreender de fato
o que ocorre com o universo
E eu, um ponto cósmico
sinto-me ausente dessa 'humanidade'

sábado, 9 de janeiro de 2010

Ensaio I - A Promoção

Desde que Alana Chisk chegou em sua casa nova para a tão sonhada vida de casada, há três meses, sabia onde iria enterrar Carlo. Seria próximo ao grande ipê que tinham no quintal dos fundos. Após uma semana de casados a jovem ruiva já não poderia pensar sua vida ao lado daquele que um dia pensou amar, e a quem jurou passar o resto da vida junto. A partir de então já havia planejado tudo desde o coquetel de pílulas que o faria comer e beber durante os almoços e jantares dos próximos dias, toda a história que contaria para quem perguntasse pelo sumiço do marido, até que cessassem as buscas, chegando até a incrível e emocionante vida de viúva.

Três dias se passaram do início de seu plano, e a cada noite o Carlo sentiasse mais cansado e dormia por mais tempo. Ela só precisava que ele estivese em sono profundo para assim sufocá-lo com o travsseiro de plumas. A cada manhã ela observava o seu jardim, e o belo e florido ipê. Na noite do quarto dia, quando Carlo chegou do seu escritório de contabilidade, chegou também trazendo o jantar, o que seria uma comemoração para ele, pareceu a perda do tão esperado dia D para ela. Quando questionado o por quê daquilo, sendo que ela já havia preparado um jantar mais requintado do que de sempre, o marido já não se continha de felicidade pois ganhará a tão suada promoção. Alana estava desnorteada. Passou a tarde preparando cavando debaixo do ipê do quintal, preparou algumas roupas e objetos do marido que deveriam 'sumir' quando ele 'sumisse de casa.

E agora, o que ela faria? Num momento de desespero, após uma brincadeira do mais recente chefe de departamento do maior escritório contábil da cidade, sobre estarem prontos para a chegada de m bebê, Alana não se conteve. Furiosa, pegou o primeiro objeto da cozinha que estava na sua frente ecom toda a força que não tinha se jogou para cima do esposo. Após tê-lo esfaqueado 16 vezes no peito e passadas quatro horas de seu estado atônito, a jovem levantou-se, arrumou o cabelo e olhou-se no reflexo da janela que dava para o quintal dos fundos, estava toda suja de sangue, mas o ipê ainda estava lá, e o buraco que cavara ainda estava lá. Alana seguiu com seu plano. Só que com o acréssimo de ter o trabalho que limpar td sua cozinha.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

a beira do penhasco

...somente como um anjo poderia ver
por meus olhos você pode voar
levante seus sonhos o mais alto
e seja livre neste penhasco
é simples como o brilho das estrelas
queime seus desejos em meus olhos
e seja como sou
quebre as bases que te aprisonam
e nada mais fará essa dor
os demônios ao seu lado são fracos
porque agora você esta nos ares
queime seus desejos em minhas asas
e seja um herói
quebre as janelas do seu quarto
e voe o mais alto
just like an angel of truth
hoje é o seu dia da libertação
eu posso sentir em minha pele
o que você é
e o que lhe impede de crescer
queime seus desejos
e os faça fumaça nesta fogueira
quebre as regras de pedra
elas não são eternas
alguém vem à sua procura
deixe-se encontrar
agora abra suas asas mais e mais
voe comigo... sinta o vento

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

para?

EU ESCREVO PARA MIM E PARA VOCÊ!

EU ESCREVO PARA NINGUÉM !