Deuses estelares orem por nós
Humanos perdidos em nossas próprias sombras recriadas
Sinto o tempo me corroer e o vento bater à janela
Todas as lágrimas caem sem permissão
Mas o que podemos fazer frente ao caos que se instala
Sinto a ira e todos os pecados se erguerem no meio da praça
E a multidão se ferindo para alcançar a glória vil de nosso tempo
Ninguém se preocupa verdadeiramente com o outro
Somos todos serpentes que se devoram uns aos outros
Sinto que nada valha a pena, os olhos cheios de sangue
As mãos cheias de ódio e malefícios
Não existe salvação para aqueles que sujos de lama
A esperança morreu de braços dados com a humanidade
Somos crias famintas de uma besta de três cabeças
Cremos no agora, no imediatismo das coisas fúteis
A degeneração em cada esquina fede como lixo
Sórdidas filhas que entregam seus corpos
Pútrefos filhos quese entregam às químicas
Deuses estelares orem por nós
Estamos na ponta do precipício prontos para cair
Deuses estelares orem por nós
Não retornaremos para o lar prometido
Deuses estelares orem por nós
Estamos vivendo o final
Que se estenderá até que fechamos os olhos
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
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