...eu ouço os tiros e vejo as marcas na parede a música toca e agora ninguém dança ninguém na rua e o tumulto eu sinto ninguém nas casas e tumulto eu sinto ninguém mais sonha e o tumulto toma conta de todo o gramado onde estão as pessoas neste tumulto de lamentações...
volte agora eu imploro
suas coisas estão aqui
você ainda se lembra daquela bola
ela continua em seus brinquedos
o que aconteceu em tão pouco tempo
não reconheço mais este lugar
onde estão as pessoas da vila
onde estão os sonhos do mundo
daquela vez que você gritou
ninguém quis ouvir teu plano
você disse que todos tinham sua hora
mas é tarde para muitos
não há mais a praça central!
nada restou para os herdeiros!
vocês foram e não voltaram
como muitos e muitos
para mim não há mais lágrimas
ninguém quer saber das historias
ninguém quer aceitar sua verdade
agora quanto tempo nos resta???
depois de toda a luta necessária
não há caminhos a seguir
todo o chão é cinza
como nossas mãos – cinzas
como nossos sonhos – cinzas
como cada olhar sobrevivente
cinza é o nosso destino de reconstrução
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
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