quarta-feira, 25 de maio de 2016

145/366 - Lágrimas

Bem lá no fundo
esquecido no poço
um coração
ainda bate
fraco pelo passar dos anos
...
Bem lá no fundo
dessa escura e fria
noite de outono
em uma cama qualquer
alguém chora
mesmo que em silêncio
...
Lágrimas de solidão
não molham os olhos
Lágrimas de solidão
não deixam marcas
...
Para isso eu escrevo
para quem não pode ouvir
os sussurros de lamento
daqueles esquecidos
no fundo do poço
...
A última estrela
brilhou pela manhã
e o dia parece surgir
com um novo raio de sol
...
Lágrimas de solidão
não molham os olhos
Lágrimas de solidão
não deixam marcas
...
Um último suspiro
silenciou-se agora
e aquele coração
já não bate para um outro dia
...
Apagou-se
e desapareceu...

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