O Carrum Navalis passou pela via, espalhando no ar o som dos cânticos...
As pessoas bebiam destilados e fermentados até não aguentarem mais...
Os povos entregaram-se aos prazeres da carne, dos pecados e dos
excessos... Sinto-me embriagado e extasiado... Não existe na história
momento de maior celebração da vida do que nos dias de festejos à
colheita e à fertilidade da terra, ora esquecida, mas ainda no âmago
daqueles que inconscientes propagam a devoção a Ísis e ao Apis, a Naita e
Mira, a Astarteia, a Grande Mãe Cibele e a Dionísio... em qualquer que seja a
terra, Sáceas, Bacanais ou Dionisíacas, os festivais hedonistas acontecem... Sinto-me embriagado e extasiado...
Cantemos, dancemos, saudemos a transformação... Sinto-me embriagado e extasiado... Quaisquer que sejam suas crenças ou sua motivação, é válido desapegar-se na tentativa de superar a si mesmo... Atravessar os limites de sua própria força e daquilo que te separa de um objetivo... Sinto-me embriagado e extasiado... Ouça as canções que falam de superação e entregue-se à insanidade momentânea...
No cortejo de Dionísio, clamaremos a Comos para que não seja um caminho de tristezas... Sinto-me embriagado e extasiado... Que haja alguém sábio como Sileno para nos guiar... e que Momos nos ensine as ironias da vida, que ríamos de nós mesmos e de nossas falhas... Sejamos pagão e aceitemos a Roda, os ciclos nos mantêm em equilíbrio com universo e conosco... Sinto-me embriagado e extasiado...
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016
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