A luz se levanta das frias montanhas
Os raios despertam as copas das árvores
Meus olhos outrora cerrados se inclinam a se abrir
Frente a mim o azul infinito de um céu esquecido
nas palmas de minhas mãos a grama orvalhada...
Sinto o som dos animais matinais
Sinto o balanço dos troncos mais altos
Sinto o movimento do riacho ao longe
Sinto os pássaros nas copas e seus saltos
Cambaleio e levanto enchendo os pulmões
Com os aromas de flores e partículas de luz
Paraliso-me e concentro-me - sou uma árvore
Meus pés se aterram e o vento me abraça
circulando-me pedindo uma dança...
Sinto a força do bater das menores asas
Sinto o calor e a brisa na palma da mão
Sinto as mudanças climáticas a cada momento
Sinto o pólen, o aroma, a fragrância do verão