...e isso é sempre, não é 'ás vezes', nem 'na maioria das vezes', é SEMPRE!
Precisamos caminhar sobre as pedras mais pontiagudas para, enfim,
avistarmos o gramado ao longe.
Há muito deixei de lado minhas aspirações e vislumbres, minhas personagens e paisagens...
Meus outros mundos ficaram na lembrança, mas eu realmente nem me importava mais
Esqueci-me de sonhar, de me emocionar, meus olhos não brilham faz tempos...
Mesmo quando ouço minhas canções de vitória ou os filmes de superação,
não é a mesma coisa que antes... como se estivesse quebrado internamente...
Perdi-me por meses...
Perdi-me na tentativa vã de encontrar respostas das quais eu já sabia
ou ainda por olhares que eu já sabia serem vagos, através de mim...
Perdi-me por experimentações, pretensões, falsas motivações...
Ainda que ciente desse desvio de trajeto, segui pelas noites e ecos
de um sonho tumultuoso em meio ao cotidiano fracassado deste período
Ninguém realmente se importa com a música que toca lá ao longe
Ninguém realmente se interessa pelos detalhes escondidos sob olhares
Mas meu ouvidos sabem o que acontece, e meus olhos conseguem sentir
Foi preciso eu me perder para me reencontrar e de uma chama compreender
o quanto faltava para a minha fogueira se tornar sagrada...
Há um tempo atrás eu não me importaria, com as palavras que sairiam por aqui
ou pelas proclamações que vez ou outra acontecem entre copos e cigarros
O meu inconsciente busca pela luz, e de alguma maneira ela chegaria...
Um hallelujah, um amanhecer, um pensamento, um filme.
Não é crime nem pecado você olhar em outras direções
Não é crime nem pecado você querer seguir por outros caminhos
Não é errado você sentir outras emoções...
Foi preciso eu me perder em uma noite qualquer
para poder contemplar a luz de um novo palco.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2015
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